Para e pense sobre a possibilidade mesmo que remota de encontrar a pessoa certa para você, mas mesmo sendo certa você apenas tem uma tarde, uma noite, uma madrugada com esta pessoa e nunca mais teria a chance de revê-la.
Seria um desperdício ter conhecido em primeiro lugar ou tudo na vida é valido mesmo que traga a infelicidade do amor nunca vivido?
Começamos por uma questão fácil, o amor existe?
Segundo, o amor ideal pode ser alcançado?
Terceiro, existe apenas uma pessoa perfeita para cada um no mundo?
Quarto, no caso de todas serem afirmativas, não seria cruel e devastador o destino, já que a improbabilidade de se encontrar este individuo especial é imensa?
Na minha particular visão, busco o Amor, não aquele palpável, mas o enaltecido pelo passado, o exasperado, a entidade do Amor, essa é a única maneira de ver este tipo de questionamento, não podemos afirmar como o amor seria ou se parecia, mas podemos moldá-lo a nossa forma, de maneira que seja perfeito haja o que houver.
A busca humana pelo amor, se transforma em uma particularização, em uma pessoa por assim dizer, e não tenho tanta certeza que há a necessidade de ser “alguém” e sim algo.
Quem de nós jamais se apaixonou e não sofreu cada a sua maneira este amor?
O sofrimento vem sempre conectado a palavra amor, como se uma não vivesse fora de contexto da outra, como se dissemos sempre “Quem ama sofre”, talvez isso seja incontestável ou talvez apenas uma forma de ampliar a falta do amor verdadeiro, dizendo sofrer a junção das palavras se façam presente e você passe a acreditar que AMA, sendo na verdade sofrimento e só, como uma nuvem que chove, ela não sabe que logo ela passa e sol aparece, não estão simbióticamente ligadas, uma não sabe da outra, apenas acontecem sem ao menos terem vontade de acontecer.
Sofrer por amor é uma maneira humana de dizer para si que ama outrem ou algo, mas esquecer ou na melhor das hipóteses esconder bem fundo que o sofrimento muitas vezes é causado pela ausência do esperado e almejado amor é um fato simples e estratosférico sentimento humano também, ninguém dá o braço a torcer a dizer que nunca amou ou no pior dos casos que nunca foi amado, todos querem mesmo que falsamente este sentimento.
Andando pela rua encontramos diferentes tipos de gente, pessoas que vão e vem sem nem ao menos ligar para sua presença ou se importar se é você que divide o assento no metrô. Agora pense que esta pessoa após conversar contigo por exatos 60 segundos entre em uma sintonia tão perfeita que nada que era tamanho improvável agora possa ser questionado, digamos que você acaba de encontrar a pessoa perfeita (sem pensar nas artimanhas místicas das almas gêmeas), mas você e tampouco ela terão coragem para ir adiante, afinal viver num mundo imediatista causa a cura pelo sexo e não pelo amor improvável, tudo que acontece num repente é levado para o lado sexual e nunca pela mágica de talvez seus pedidos estarem sendo atendidos e que finalmente o amor bateu a sua porta.
Ouvir uma musica por vezes nos trás a sensação de conforto e vivacidade da relação que temos com o mundo ou com alguém, mas musicas são palavras ou verdades?
Digamos que o mundo chega ao ponto de ser insípido e incolor, apenas não é inodoro por que muito do fedor anda descarregado em nossos portões, nos acostumamos as pessoas que nos circulam nos acomodamos com elas e as vezes nos tornamos um pouco elas também, apenas pela segurança de estarmos inclusos em algo maior que nós mesmos, ser um paria na sociedade não é o que ninguém deseja, mas talvez fosse ao menos mais honesto de nossa parte ser um pouco indesejável ou até mesmo recluso, mas perseguir nossas metas e ideais de AMOR com um pouco mais de valia e um pouco mais de sinceridade.
Que mundo passe um dia a ter cor e sabor, e que os cheiros possam ser bons a todo instante, mesmo nos momentos ruins.
Atentar para os pequenos detalhes é o ponto chave, todo ser humano é uma coleção de pequenos detalhes, detalhes lindos que desfocam o todo por vezes risível.
A mecha de teu cabelo brilhou de forma tão linda naquela manhã que você partiu...
Nunca me esqueci de você desde então.
A maneira como seus olhos sorriram, quando te beijei a face de forma que nos despedimos cordialmente (sabendo que o que desejamos era muito mais) me disse algo, não em palavras, mas que até mesmo nos dias de hoje meu coração repete no mesmo dialeto.
Aquela maneira como ele gesticulava me marcou, parecia alguém com uma paixão avassaladora pronta a eclodir e voar bem alto queria ter aquilo todos os dias, mas nunca mais nos vimos após aquele debate estranho do qual participamos e detestamos juntos.
Você sempre falava comigo sorria e depois cruzava as pernas de forma tão estranha, mas era único. Gostaria de lembrar teu nome, mas faz tanto tempo.
Seus óculos sempre caiam e você imediatamente quase como um tique nervoso os colocava no lugar, mesmo quando não estavam fora de linha, você os colocava no lugar, seus olhos eram minas de sol, explodiram durante aquela tarde no escritório, mas nem teu nome eu sei... Foi uma conversa e tanto.
Acho que todos nós devemos parar de olhar o próprio umbigo e enxergar melhor nas pequenas coisas o amontoado de coisas que queremos tanto ver.
Ed Fuster
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