quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sujeito Indeterminado

Para começar um trabalho novo e cheio de estética é necessário um momento de partida.
Hoje dei meu tão esperado start, não sei direito para onde devo caminhar, mas agora é sempre em frente. Deixei o mundo me iludir e subir nas minhas costas, olhei diretamente para o chão por diversos anos, agora é minha vez de altivo seguir adiante, escalando tudo para ver mais ao longe, escalando inclusive algumas nuvens... Meus pés estão flutuando sempre, vivo a deslizar pelo teto, mas a cabeça precisa descer e não terei os pés no chão e sim os miolos.

Pela primeira vez em anos, tenho medo de escrever, tudo parece um tanto alienígena esta madrugada, talvez por que minha vida está de pernas pro ar, um trabalho inconsistente, um futuro que não passa de uma premissa de vida (afinal onde está o talento quando precisamos dele), e os amores imperfeitos continuam mais que perfeitos, conjugados em tempos verbais distintos, no entanto simultâneos, te amei, te amo, te amarei, quando te amar.

Não sei por quanto tempo irá durar minha observação sobre os outros e sobre mim mesmo com veemência e clareza, hoje olho ao redor e não faço nada realmente marcante, o patamar que me encontro é exatamente o de minha execução, talvez não seja sumária (ainda), mas é minha execução, como ser humano, como pensador, como estudioso, como ator... Hoje estou entre aqueles que nada mais mostram do que o que deveriam mostrar, mas meu start pede um pouco mais e sei que amanhã me pedirá muito mais, não posso parar pelo simples fato do derrotismo, preciso continuar, sempre em frente.

Acordei e vou voando, nada mais de sonambulismos... estou acordado!

Aprendo hoje comigo e contigo, teu corpo é meu espelho e em ti navego.

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