sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Faces


Multi facetado!!!

Será esse o novo método utilizado pelos humanos para se adaptar aos avanços do novo século, "Ser um e ser dez e ainda ser mil" como diria Herbert Viana?

Quando poderemos dizer de fato que estamos conversando e interagindo com a pessoa verdade, com o EU correto e não apenas mais uma adaptação de meio ambiente uma simples camuflagem horripilante desses camaleões que se constroem a cada dia, afinal ninguém nasce assim e tirando poetas como Fernando Pessoa e esquizofrênicos, ninguém tem mais do que uma real personalidade e certos comportamentos (veja que não estou dizendo facetas), mais adequados para cada situação.

Eu de fato me comporto de uma maneira diferente com cada pessoa se assim for necessário, mas sempre sou eu, só mais educado em determinados momentos, mais atirado em outros e por aí adiante, mas como diferenciar isso de uma falsidade ideológica pungida por um individuo que nada mais quer que mostrar algo que não está lá?

Tento ler o corpo e a mente (mesmo na impossibilidade de minhas habilidades tele cinéticas e paranormais), quando um mentiroso ou um ator da vida entra em contato, basta prestar atenção nas palavras e gestos, que então notaremos mentiras e super valorizações.

Não vejo real motivo para alguém fazer tais coisas, mas convenhamos que certas peripécias fazem-nos parecer mais interessantes, mas ao invés de usar tamanha imaginação para criá-los, simplesmente sou partidário dos que procuram fazer tais ações e conta-las como devem ser contadas como FATOS de uma existência, que por mais pueril que seja será sempre a verdade que carregamos.

Mentir tem feito diferença?

Ser este circense que dá cambalhotas na mente tem feito suas cambalhotas tornarem-se cada vez mais próxima?

Ser uma ilusão é ser mágico?

Ser a ilusão não será a mágica que buscamos sem nunca nos esforçar?

Se respondermos perguntas fáceis como essas nos trazem muito mais que apenas respostas, trazem a confirmação de que viver é melhor do almejar o invisível, ser palpável é o ímpeto do ser humano, viajar nos confins da imaginação e da mentira é o trabalho dos escritores e de todos que mudam o mundo pela ficção.

Quero acreditar que todos aos poucos mentem menos, fazem por si seus atos e perseguem seus sonhos no mundo real, mas o que vejo são os atores sem palco, são os vermes que carcomem a entranhas da sociedade pós moderna, buscando a NOVELLE VAGUE, buscando ser personagem de Godard, virar Leonardos, Laws, e Reeves na ausência de suas próprias existências.

Quero ser multifacetado, mas para isso vou aos templos Gregos e me utilizo da inspiração das Deusas e falo por elas, me torno outro alguém, falo com vozes de outro tempo, me mato no tempo e vivo na atualidade, faço e sou a maquina do tempo.

Venham todos que quiserem ser paisagem, querem ser vistos, façam a paisagem ser você, faça o mundo ser parte de você, TEMPO E ESPAÇO, mudando de lugar mudando de forma, os físicos irritados, mas eles devem esquecer que hoje nem mesmo Einstein terá suas teorias abertas por nós, somos o que quisermos ser e façamos o que quisermos fazer... Mas no espaço reservado pelos Deuses e não na realidade do ônibus.

Ver as sociedades morrer me trás dor, mas morrer com elas seria uma tolice, vamos viver juntos na ilusão e na realidade sem fim.

Vamos viver ciclos gigantescos e não ter a impressão errada que nossa vida de nada vale.

Um comentário:

Leco Vilela disse...

Hei Ed... respondi teu comentário e ainda tem outros no post "O peso do Mundo"

da uma olhada!

beijo